sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Jardineiro


Deixei-a livre como tinha que ser
Sorrisos maliciosos dos demais para comigo
Doeu muito, não havia como esconder
E por amor jamais reclamei desse castigo

Quis o destino não sorrir para a menina
E não muito tempo depois me procurou
Desabafou em meus ombros pelo amor que partira
E que jamais retornou

Aquilo doía ainda mais aqui dentro
Transformara-me apenas em um amigo
Não tinha o que dizer-lhe, apenas a ouvia
Disfarçando minhas lágrimas que caíam

Foram-se meses convivendo com essa dor
E o meu amor por ela não diminuía
Continuei a regar aquela linda flor
Que desabrochava ainda mais bonita

Aos poucos ela foi me observando
E valorizando o que eu lhe dizia
Começou ver em mim mais do que um jardineiro
Alguém que verdadeiramente a merecia

Então mudou-se para o meu jardim
E da flor vieram dois frutos
Todo o seu amor voltou-se para mim
E continuo a amando mais do que tudo

  Usei a história de um antigo amigo que jamais desistiu de seu amor, apesar das decepções.

1 comentário: